terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros..."

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo convivendo com tantas perguntas que o tempo não respondeu e com a ausência de qualquer garantia de que ele ainda responda. É me sentir confortável, mesmo entendendo que as respostas que tenho mudarão, como tantas já mudaram, e que também mudarei, como eu tanto já mudei.
Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo sentindo que cada vez mais eu sei cada vez menos, e não saber, ao contrário do que já acreditei, pode nos fazer vislumbrar uma liberdade incrível, às vezes. Tem saber que é nítida sabedoria, que fortalece, que faz clarear, mas tem saber que é apenas controle disfarçado, artifício do medo, armadilha da dona autosabotagem. (...)
 É me sentir confortável o suficiente para cada vez mais encarar os desconfortos todos fugindo cada vez menos, sabendo que algumas coisas simplesmente são como são, e que eu não tenho nenhuma espécie de controle com relação ao que acontecerá comigo no tempo do parágrafo seguinte, da frase seguinte, da palavra seguinte. (...)
 
 
Ana Jácomo

3 comentários:

  1. Olá, sou de Lisboa e adorei o teu blog, já estou a seguir, será que poderia me seguir tb? Beijos

    www.makebafonica.blogspot.com

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  2. Se busca de forma incessante
    Se encontra o que se busca

    Não ententemos!...

    Continuamos a buscar
    na busca sem parar.

    Desencontramos o que buscamos
    E não mais tornamos a encontrar.

    Há um tempo a contar
    e não nos apercebemos
    desse contar.

    Nos perdemos!...

    Mas no belo texto ela entende
    e sabe, as coisas são como são
    e se quer sentir confortável,
    apenas!...

    Olá Fernanda

    Bom texto!

    Beijos,

    Maria Luísa

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  3. Gostei!!!
    Mas discordo da parte que diz que não temos nenhum tipo de controle...
    Eu acho que temos sim, não diretamente, mas indiretamente, nossas atitudes e escolhas controlam toda nossa vida...

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