sábado, 30 de julho de 2011



Sentia-me contente por não estar apaixonado, por não estar
contente com o mundo. Gosto de estar em desacordo com tudo. As pessoas apaixonadas tornam-se muitas vezes susceptíveis, perigosas. Perdem o sentido da realidade. Perdem o sentido de humor. Tornam-se nervosas, psicóticas, chatas. Tornam-se, mesmo, assassinas.


Charles Bukowski



Percebi que quando estamos apaixonadas, que não é meu caso, ficamos patéticas, beirando quase ao ridículo.
Não sei se quero perder meu bom senso, essa coisa de amor é meio que perigosa. Tem coisas que ficam açúcaradas demais. E não sei se quero me render a tanta doçura. Não sei se quero sair do meu corpo e, ficar flutuando entre princesas, duendes e cavalos brancos.

sexta-feira, 29 de julho de 2011



Sempre me entrego inteira pras pessoas. Por isso, detesto gente superficial, pois me provocam hematomas enormes e, doloridos pelo corpo porque quando me jogo não tem profundidade alguma.


Fê Barcellos

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cartas.



Zézim,

cheguei hoje de tardezinha da praia, fiquei lá uns cinco dias, completamente só (ótimo!), e encontrei tUa carta. Esses dias que tô aqui, dez, e já parece um mês, não paro de pensar em você. Tou preocupado, Zézim, e quero te falar disso. Fica quietO e ouve, ou lê, você deve estar cheio de vibrações adeliopradianas e, portantO, todo atento aos pequenos mistérios. É carta longa, vai te preparando, porque eu já me preparei por aqui com uma xícara de chá Mu, almofada sob a bunda e um maço de Galaxy, a decisão pseudo-inteligente.

Seguinte, das poucas linhas da tua carta, 12 frases terminam com ponto de interrogação. São, portanto, perguntas. Respondo a algumas. A solução, concordo, não está na temperança. Nunca esteve nem vai estar. Sempre achei que os dois tipos mais fascinantes de pessoas são as putas e os santos, e ambos são inteiramente destemperados, certo? Não há que abster-se: há que comer desse banquete. Zézim, ninguém te ensinará os caminhos. Ninguém me ensinará os caminhos. Ninguém nunca me ensinou caminho nenhum, nem a você, suspeito. Avanço às cegas. Não há caminhos a serem ensinados, nem aprendidos. Na verdade, não há caminhos. E lembrei duns versos dum poeta peruano (será Vallejo? não estou certo):
“Caminante, no hay camino. Pero el camino se hace ai anda”.
Mais: já pensei, sim, se Deus pifar. E pifará, pifará porque você diz ”Deus é minha última esperança". Zézim, eu te quero tanto, não me ache insuportavelmente pretensioso dizendo essas coisas, mas ocê parece cabeça-dura demais. Zézim, não há última esperança, a não ser a morte. Quem procura não acha. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado. Tudo é maya / ilusão. Ou samsara / círculo vicioso.Certo, eu li demais zen-budismo, eu fiz ioga demais, eu tenho essa coisa de ficar mexendo com a magia, eu li demais Krishnamurti, sabia? E também Allan Watts, e D. T. Suzuki, e isso freqüentem ente parece um pouco ridículo às pessoas. Mas, dessas coisas, acho que tirei pra meu gasto pessoal pelo menos uma certa tranqüilidade.

Você me pergunta: que que eu faço? Não faça, eu digo. Não faça nada, fazendo tUdo, acordando todo dia, passando café, arrumando a cama, dando uma volta na quadra, ouvindo um som, alimentando a Pobre. Você tá ansioso e isso é muito pouco religioso. Pasme: acho que você é muito pouco religioso. Mesmo. Você deixou de queimar fumo e foi procurar Deus. Que é isso? Tá substituindo a maconha por Jesusinho?
Zézim, vou te falar um lugar-comum desprezível, agora, lá vai: você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off. Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha, nem mudando para Nova York, nem.
Você quer escrever. Certo, mas você quer escrever? Ou todo mundo te cobra e você acha que tem que escrever? Sei que não é simplório assim, e tem mil coisas outras envolvidas nisso. Mas de repente você pode estar confuso porque fica todo mundo te cobrando, como é que é, e a sua obra? Cadê o romance, quedê a novela, quedê a peça teatral? DANEM-SE, demônios. Zézim, você só tem que escrever se isso vier de dentro pra fora, caso contrário não vai prestar, eu tenho certeza, você poderá enganar a alguns, mas não enganaria a si e, portanto, não preencheria esse oco. Não tem demônio nenhum se interpondo entre você e a máquina. O que tem é uma questão de honestidade básica. Essa perguntinha: você quer mesmo escrever? Isolando as cobranças, você continua querendo? Então vai, remexe fundo, como diz um poeta gaúcho, Gabriel de Britto Velho, "apaga o cigarro no peito / diz pra ti o que não gostas de ouvir / diz tudo". Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora. A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. Essa expressão é fundamental na minha vida.Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida”. Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão. Como Joyce. Como Kafka, louco e só lá em Praga. Como Van Gogh. Como Artaud. Ou Rimbaud.

É esse tipo de criador que você quer ser? Então entregue-se e pague o preço do pato. Que, freqüentemente, é muito caro. Ou você quer fazer uma coisa bem-feitinha pra ser lançada com salgadinhos e uísque suspeito numa tarde amena na CultUra, com todo mundo conhecido fazendo a maior festa? Eu acho que não. Eu conheci / conheço muita gente assim. E não dou um tostão por eles todos. A você eu amo. Raramente me engano.Zézim, remexa na memória, na infância, nos sonhos, nas tesões, nos fracassos, nas mágoas, nos delírios mais alucinados, nas esperanças mais descabidas, na fantasia mais desgalopada, nas vontades mais homicidas, no mais aparentemente inconfessável, nas culpas mais terríveis, nos lirismos mais idiotas, na confusão mais generalizada, no fundo do poço sem fundo do inconsciente: é lá que está o seu texto. Sobretudo, não se angustie procurando-o: ele vem até você, quando você e ele estiverem prontos. Cada um tem seus processos, você precisa entender os seus. De repente, isso que parece ser uma dificuldade enorme pode estar sendo simplesmente o processo de gestação do sub ou do inconsciente.

E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você.
Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente.Ou então vá fazer análise. Falo sério. Ou natação. Ou dança moderna. Ou macrobiótica radical. Qualquer coisa que te cuide da cabeça ou/ e do corpo e, ao mesmo tempo, te distraia dessa obsessão. Até que ela se resolva, no braço ou por si mesma, não importa. Só não quero te ver assim engasgado, meu amigo querido.Pausa.

Quanto a mim, te falava desses dias na praia. Pois olha, acordava às seis, sete da manhã, ia pra praia, corria uns quatro quilômetros, fazia exercícios, lá pelas dez voltava, ia cozinhar meu arroz. Comia, descansava um pouco, depois sentava e escrevia. Ficava exausto. Fiquei exausto. Passei os dias falando sozinho, mergulhado num texto, consegui arrancá-lo. Era um farrapo que tinha me nascido em setembro, em Sampa. Aí nasceu, sem que eu planejasse. Estava pronto na minha cabeça. Chama-se Morangos mofados, vai levar uma epígrafe de Lennon & McCartney, tô aqui com a letra de Strawberry fields forever pra traduzir. Zézim, eu acho que tá tão bom. Fiquei completamente cego enquanto escrevia, a personagem (um publicitário, ex-hippie, que cisma que tem câncer na alma, ou uma lesão no cérebro provocada por excessos de drogas, em velhos carnavais, e o sintoma — real — é um persistente gosto de morangos mofados na boca) tomou o freio nos dentes e se recusou a morrer ou a enlouquecer no fim. Tem um fim lindo, positivo, alegre. Eu fiquei besta. O fim se meteu no texto e não admitiu que eu interferisse. Tão estranho. Às vezes penso que, quando escrevo, sou apenas um canal transmissor, digamos assim, entre duas coisas totalmente alheias a mim, não sei se você entende. Um canal transmissor com um certo poder, ou capacidade, seletivo, sei lá. Hoje pela manhã não fui à praia e dei o conto por concluído, já acho que na quarta versão. Mas vou deixá-lo dormir pelo menos um mês, aí releio — porque sempre posso estar enganado, e os meus olhos de agora serem incapazes de verem certas coisas.

Aí tomei notas, muitas notas, pra outras coisas. A cabeça ferve. Que bom, Zézim, que bom, a coisa não morreu, e é só isso que eu quero, vou pedir demissão de todos os empregos pela vida afora quando sentir que isso, a literatura, que é só o que tenho, estiver sendo ameaçada como estava, na Nova.

E li. Descobri que ADORO DALTON TREVISAN. Menino, fiquei dando gritos enquanto lia A faca no coração, tem uns contos incríveis, e tão absolutamente lapidados, reduzidos ao essencial cintilante, sobretudo um, chamado "Mulher em chamas". Li quase todo o Ivan Ângelo, também gosto muito, principalmente de O verdadeiro filho da puta, mas aí o conto-título começou a me dar sono e parei. Mas ele tem um texto, ah se tem. E como. Mas o melhor que li nesses dias não foi ficção. Foi um pequeno artigo de Nirlando Beirão na última IstoÉ (do dia 19 de dezembro, please, leia), chamado "O recomeço do sonho". Li várias vezes. Na primeira, chorei de pura emoção - porque ele reabilita todas as vivências que eu tive nesta década. Claro que ele fala de uma geração inteira, mas daí saquei, meu Deus, como sou típico, como sou estereótipo da minha geração. Termina com uma alegria total: reinstaurando o sonho. É lindo demais. É atrevido demais. É novo, sadio.
Deu uma luz na minha cabeça, sabe quando a coisa te ilumina? Assim como se ele formulasse o que eu, confusamente, estava apenas tateando. Leia, me digao que acha. Eu não me segurei e escrevi uma carta a ele dizendo isso. Não sou amigo dele, só conhecido, mas acho que a gente deve dizer.

Escrevendo, eu falo pra caralho, não é?

Tô tão só, Zézim. Tão eu-eu-comigo, porque o meu eu com a família é meio de raspão. Tá bom assim, não tenho mais medo nenhum de nenhuma emoção ou fantasia minha, sabe como? Os dias de solidão total na praia foram principalmente sadios.
Ocê viu a Nova? Tá lá o seu Chico, tartamudeante, e uma foto muito engraçada de toda a redação — eu com cara de "não me comprometam, não tenho nada a ver com isso". Dê uma olhada. Falar nisso, Juan passou por aqui, eu tava na praia, falou com Nair por telefone, estava descendo de um ônibus e subindo noUtro. Deixou dito que volta dia três de janeiro ou fevereiro, Nair não lembra, pra ficar uns dias. Ficará? E nada acontecerá. Uma vez me disseram que eu jamais amaria dum jeito que "desse certo", caso contrário deixaria de escrever. Pode ser. Pequenas magias. Quando terminei Morangos mofados, escrevi embaixo, sem querer, "criação é coisa sagrada”. É mais ou menos o que diz o Chico no fim daquela matéria. É misterioso, sagrado, maravilhoso

Zézim, me dê notícias, muitas, e rápido. Eu não pensei que ia sentir tanta falta docê. Não sei quanto tempo ainda fico, mas vou ficando. Quero escrever mais, voltar à praia, fazer os documentos todos. Até pensei: mais adiante, quando já estivesse chegando a hora de eu voltar, você não queria vir? A gente faria o mesmo esquema de novo, voltaríamos juntos. A família te ama perdidamente, hoje pintaram até uns salseirinhos rápidos porque todo mundo queria ler a matéria do Chico ao mesmo tempo.

Let me take you down
cause I’m going to strawberry fields
nothing is real, and nothing to get hung about
strawberry fields forever
strawberry fields forever
strawberry fields forever
Isso é o que te desejo na nova década. Zézim, vamos lá. Sem últimas esperanças. Temos esperanças novinhas em folha, todos os dias. E nenhuma, fora de viver cada vez mais plenamente, mais confortáveis dentro do que a gente, sem culpa, é. Let me take you: I’m going to strawberry fields.Me conta da Adélia.

E te cuida, por favor, te cuida bem. Qualquer poço mais escuro, disque 0512-33-41-97. Eu posso pelo menos ouvir. Não leve a mal alguma dureza dita. É porque te quero claro. Citando Arantes, pra terminar: "Eu quero te ver com saúde I sempre de bom humor I e de boa vontade".

Um beijo do

Caio

PS — Abraço pro Nello. Pra Ana Matos, e Nino também.

Por outros caminhos...



Ela decidiu não mais desperdiçar sentimentos.Decidiu somente deixar gente do bem se aproximar.Pediu licença pros Santos, pegou todos os seus amuletos e, foi em busca de coisas que façam seu coração dilatar, que tragam brilho pros seus olhos cansados de ver tanta gente que brinca de gostar. Depois de tantos enganos, gente de mentira, ela quer em troca amor, gente de verdade, pra compensar todo o mal que encontrou por caminhos que nunca mais quer passar.


Fê Barcellos

E com muito jogo de cintura, seguimos.



Precisamos ter cada vez mais jogo de cintura para aguentar tantas coisas feias e falsas que nos rodeiam. Estamos vivendo numa era de imediatismos, imediatismos que não conhecem moral, verdade, sensibilidade, respeito.
Vejo cada vez mais vontades mesquinhas passando por cima de pessoas, sentimentos. Uma pessoa não tem mais o peso de uma VIDA, é apenas um objeto, e quando estiver atrapalhando é só ser retirado do caminho como se nunca tivesse existido. Por vezes me sinto sufocar por nada poder fazer, por ser apenas uma voz que vezenquando enfraquece, cansa. Cansa porque parece que estou indo contra tudo e contra todos. Cansa ver o ser humano cada vez mais desumano, cada vez mais imoral.
Você tem que estar sempre disponível, você não pode ter dor, cansaço, mal humor, vontade de ficar sozinha. Se você não estiver disponível naquele dia, naquela hora para jantar, você é substituída, pois você não é uma pessoa especial, com suas qualidades, você é apenas uma "coisa" que iria preencher um lugar na mesa. As pessoas estão sendo coisificadas cada vez mais, estão sendo tratadas não como ser humano especial que são e, sim como objetos descartáveis, facilmente substituíveis.
Se você não compactuar com o jogo sujo dos "grandes" sua voz é abafada, pois os "interesses" devem prevalecer.
E vai dando um desânimo quando vemos que os que deveriam dar o bom exemplo, que deveriam ter uma boa conduta, que deveriam fazer justiça são os que mais praticam a injustiça, a desigualdade, são os que mais jogam este jogo IMUNDO.
E tudo vai perdendo o sentido, seus valores e, fica só essa parte suja, triste, que faz com que a gente vá perdendo a curiosidade pelas pessoas, faz com que pouco a pouco a gente desista das pessoas.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Procuras.


Descobri que o destino é birrento que nem eu.
Porque as procuras se tornam inúteis. Já perceberam?
Quanto mais procuramos algo/alguém mais lixo encontramos. Claro, que essas procuras desfocadas nos garantem boas risadas, algumas decepções, também. O problema é que se torna um acúmulo muitas vezes desnecessário,pois tem coisas que não acrescentam em nada.
O engraçado é que quando paramos de procurar, desistimos, abstraímos, aí aparece.  Sempre acontece isso comigo, por exemplo, quando perco algo aqui em casa, e sempre perco, aqui em casa tem duendes, fadas, gnomos, e às vezes eles escondem minhas coisas.
Aí começo a procurar feito louca, tiro tudo do lugar, jogo tudo pra cima, coloco a casa pra baixo. E de nada adianta. Nunca encontro aquilo que estava procurando, encontro outras, mas não a que estava procurando. E quando eu canso, sento, respiro e observo, o que eu estava procurando aparece e,  estava ali, pertinho de mim, só que eu não via.
É assim, as coisas mágicas, as que valem a pena acontecem assim, nas horas de descuido. É aquilo que chamamos de acaso, destino, escrito nas estrelas.

terça-feira, 26 de julho de 2011



Desconfie sempre daqueles "tipinhos" que passam falando: "eu sou do BEM", "eu sou diferente", "sou especial."

Fuja enquanto há tempo!

São os piores!

O problema é que eles perdem muito tempo falando, falando e falando e esquecem de Ser...

E cá entre nós, quem fala muito que é "bonzinho",  BOA coisa com certeza não deve ser!

Mas como são bobinhos, né? Mal sabem que é o lobo mau que faz sucesso.

Não sei porque não assumem  logo. Que bobagem!

Palavras.



Compartilhar palavras é compartilhar afetos. 
É oferecer um colo e pedir também. 
E afetos nós sentimos, não entendemos. 
Devemos somente nos entregar às palavras.
Se alguém te oferecer afeto, não pergunte o motivo, não procure razões, apenas aceite e, procure sentir afeto também.



Fê Barcellos 

"Prefiro ser odiada pelo que sou, do que amada pelo que eu não sou."



"Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando - até que não caibo em mim e estouro em palavras."

Clarice  Lispector

segunda-feira, 25 de julho de 2011




Eu gosto de mim, é, eu gosto de mim.Sabe por quê?
Porque você pode me largar em qualquer lugar nesse mundo e, eu vou saber me virar, vou saber encontrar o caminho de volta, ou quem sabe um caminho melhor ainda.
Mas uma coisa é certa, eu me viro!


Fê Barcellos



"Acredito nos olhos de quem está apenas Observando, aprendendo, sem julgamento. Acredito que existe um lugar para mim, assim como existe lugar para todo Mundo. Porque existe lugar para todo Mundo. É só procurar. Eu acredito. Acredito no Tempo. O Tempo é nosso Amigo, nosso aliado, Não o inimigo que traz as rugas e a morte. O Tempo é que mostra o que realmente valeu a pena, O Tempo nos ensina a esperar, O Tempo apaga o efêmero e acaba com a dúvida!"


Caio F.

sábado, 23 de julho de 2011



Loucura e talento são dois extremos que se completam!

Amy Winehouse - back to black

Ser feliz é ser agora! Só peço a proteção dos Santos!

Luz.



Percebi que mesmo no meio duma tormenta você pode se deparar com coisas mágicas. E creio que meu anjo da guarda saiu do coma e começou a agir.Agora é a hora, a minha hora. Tem vezes que estamos na hora certa, no lugar certo e com as pessoas certas ao lado. Aí meu caro, não tem como dar errado, não tem energia do mal que atrapalhe, porque a força do bem é mais forte e contra ela nada nem ninguém pode! Só devemos sintonizar nesta energia boa e tudo vem ao nosso encontro.Minha luz sempre me guia, me mostra por onde devo ir, os caminhos que devo desviar.   E minha luz é forte, forte o suficiente para cegar os olhos  de gente má, gente com cabecinha ruim. Aqui não, meu bem, aqui bate e volta com mais força. Então sugiro que mandem sempre energia do bem.


Fê Barcellos

sexta-feira, 22 de julho de 2011




"Não estou minimamente interessado em perguntar como vão suas almas. Suponho que era o que eu deveria fazer."


Bukowski

Preciso acreditar.




Hoje eu preciso de algo/alguém que me faça acreditar em tudo outra vez.Que me prove que tudo isso vale a pena. Que diante deste horizonte imenso e desconhecido têm coisas boas me esperando. Não quero ter aquele sentimento ruim de que TUDO não vale nada.
Preciso acreditar pra continuar.


Fê Barcellos


quinta-feira, 21 de julho de 2011

"O que nunca pensei é que pudesse ser assim tão vazia uma casa sem um anjo."


(Foto arquivo pessoal)

"Sinto falta daí. Me digo que na verdade sinto falta do colo, do conforto, do útero. E que devo ficar por aqui. Então tenho que ser forte, tenho que me exercitar em autocontrole. Claro que me pergunto pra quê? — e claro que não tenho resposta. Mas vou atravessando os dias, a casa muito vazia, às vezes dói."


Caio F.



quarta-feira, 20 de julho de 2011



 Prefiro a verdade dos embriagados do que a mentira lúcida dos dissimulados.
Muito mais fácil curar a ressaca de uma verdade do que eliminar do corpo o veneno de uma mentira. 


Fê Barcellos

A loucura de ser...



Não podemos ter medo de cometer erros, são eles que nos ensinam o caminho certo a seguir.
Não tenha medo de ser humana. 
Seja sua razão, sua loucura na forma mais poética da palavra.


Fê Barcellos

terça-feira, 19 de julho de 2011



"O que eu queria mesmo era um ombro amigo onde pudesse encostar a cabeça, uma mão passando na minha testa, uma outra mão perdida dentro da minha. O que eu queria era alguém que me recolhesse como um menino desorientado numa noite de tempestade, me colocasse numa cama quente e fofa, me desse um chá de laranjeira e me contasse uma história. Uma história longa sobre um menino só e triste que achou, uma vez, durante uma noite de tempestade, alguém que cuidasse dele. ‘


Caio F. 

As palavras certas para pessoas erradas!



Como saber para quem falar?Como saber se aquela pessoa que está nos "ouvindo" não está nos ouvindo com ouvidos críticos e julgadores? Como saber se logo após não vamos ser vítimas das nossas próprias palavras?
Na maioria das vezes que abro meu coração pra alguém não é porque estou perdida é porque estou sufocada mesmo. Não quero críticas, julgamentos, conselhos utópicos, quero apenas que me escute, sem julgamentos.
Quem está por fora não pode julgar, julgar por julgar é nojento, desprezível.
Cada pessoa é uma, tem um ritmo, uma dor, limitações, como julgar?Como abrir o verbo ditando o que deve ser feito e como deve ser feito?
Aprendam a ouvir com o coração. A olhar com olhos da alma. E por um minuto se colocar no lugar do outro. Sem conselhos patéticos, de como dever ser...proponho para os que adoram ditar regras de conduta que comecem por si.
E outra, essa história de não falar na cara o que pensa é FODA! Tô de saco cheio de gente dissimulada e hipócrita!

Enche o saco não poder ficar distraída sem que venha uma "facada" pelas costas! E logo eu que sou tão distraída. Cansa não poder confiar em ninguém. 


segunda-feira, 18 de julho de 2011




"Eu finjo que não tô nem ai pro amor pra ver se ele pára de me esnobar!"


Fê Barcellos

Era uma vez... Uma moça atrapalhada...



" Querido Deus,

 Tem uma moça que mora lá nas bandas do sul,   de uma sensibilidade e franqueza sem tamanho, e tem tanto amor pra oferecer que até se perde...   Vez ou outra desacredita que ele existe,  aí começa até esnobar pra vê se ele parece....   Resiste a largar o passado porque pelo menos ela acha que não está sozinha...   Ah querido Deus, queria poder te pedir pra mandar um amorzinho novinho em folha   pra ela...aqueles que saem quentinho e prontinho do forno...mas sei não posso,   Então te peço LUZ no caminhar dessa moça,   Pra iluminar cada esquina, cada palavra, cada olhar dela...   E eis que  como uma clarão o NOVO chegue sem avisar e traga tudo NOVO que ela aguarda...   Assim peço, desde já, agradecida.   Amém."

Vanessa Castro   

p.s.: "e tem tanto amor pra oferecer que até se perde..." [Dei uma gargalhada com esta frase, porque me vi aqui, embora tenha um pouco de mim em cada palavra, mas sou perdida mesmo, tento acertar e erro cada vez mais, mas é lindo, é lindo, são tentativas tortas, mas tão VIVAS.].

 É engraçado como as palavras se misturam com sentimentos, aos pouquinhos.  Dá uma sensação de aconchego, colinho de vó quando lemos certas palavras e nos reconhecemos nelas.

E eu sei que meu pedido será atendido porque tem força e é do bem. E vou seguir a caminhada sim, tá vendo aquele horizonte?? Ele é todo meu. 

Desde já, agradecida. [2]

Queria saber se você não está a fim de amar um pouco?




Alô? Tem algo marcado pra hoje? Queria saber se você quer sair para beber alguma coisa? (E ouvir umas histórias. Contar algumas também). Botar a conversa em dia… Falar sobre nós um pouco, talvez. Contar umas estrelas. Fazer uns pedidos. Quem sabe realizar alguns meus. Rir um pouco. Sentir-se leve. Esquentar um pouco os pés frios… O coração vazio. Se não quer sentar e relembrar o passado. Matar essa saudade. E essa vontade. Quem sabe sentir alguma vontade. Não sei… Queria saber se você não está a fim de amar um pouco? Se aceita ser amado. E me amar. Aí a gente pode bater um papo. Sair com a turma.


Caio F.

sábado, 16 de julho de 2011





"Um dia você vai encontrar alguém que te lembre todos os dias que a vida é feita para ser vivida. Alguém que é perfeito de tão imperfeito. Alguém que não desista de você por mais que você tente afastá-lo. Naquele dia que você não estiver procurando por ninguém, naquele dia que você não ia sair de casa e acabou colocando a primeira roupa que viu pela frente. Quando você não estiver procurando, você vai achar aquela pessoa que faz você sentir que poderia parar de procurar."


Caio F.


p.s.: Os encontros marcados pelo destino, ou seja lá como queiram chamar, são assim. Quando a gente menos espera, aparece e te tira pra dançar.







Sabe quando o alívio se mistura com a saudade?  Sabe quando você sai de uma relação que não te fazia bem, mas que por alguma razão estranha você se  prendia à ela, e quando acaba é como se um peso gigante tivesse saído da sua alma? Tudo bem, a gente sofre pra caralho, mas é libertador!Acabaram as dúvidas, as angústias, as incertezas, as mentiras, os enganos, os medos .
 Há lembranças que me assombram. Sinto saudade, mas não viveria tudo de novo. Entende o que quero dizer?

sexta-feira, 15 de julho de 2011



 "Só queria ficar perto dele. No máximo, deitar abraçado com ele. Na mesma cama. Nem um beijo, nada. Só um abraço, bem apertado."


Caio F

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Partidas inevitáveis...



Por que tem partidas que tu não tem como evitar, não tem como trancar a saída e não deixar ir...
Se eu pudesse resgatar alguém que passou pelo meu caminho eu resgataria UMA pessoa, não sei se ele ainda me lê, mas sei que eu precisava ter ele um pouco mais na minha vida. Mas sofríamos de uma incompatibilidade verbal: eu falava de mais e ele falava de menos. E não sei ao certo o que aconteceu, sei que ele foi indo, indo e perdi ele de vista, nunca mais soube dele.E ainda ninguém teve a decência de se parecer um pouquinho com ele. Não é justo isso. Ôh, se tu ainda me ler manda um bilhetinho pelo vento ou usa o método mais moderno, manda um SMS!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pedaços...




"É como se tivesse pedaços meus espalhados por aqui"

Que lindo Williane, e ainda você comentou num post que me fez sentir saudade. E aquele bilhetinho o vento levou sim, ele leu, mas nos perdemos. 
E a partir desta tua frase pude ter a certeza que em cada post deste blog tem um pedaço de mim também, saudades que são minhas, sentimentos que se misturaram ao longo do tempo e, se perderam. O tempo dissolve sentimentos, cheguei nesta conclusão. O tempo devora. E olhando pra trás vejo quantos foram embora antes da hora e, eu nem pude dizer o quanto eu queria que tivessem ficado.

Novos rumos!




Vanessa diz::

Fernandaaa....do final da minha história e do que farei:  


Percebam....

Paramos em esquinas diferentes olhando para atravessar ruas diferentes e nos deparamos com as mesmas histórias, ilusões, complicações que nos afligiam, e vez ou outra tomamos as mesmas atitudes para velhos hábitos sem ao menos nos darmos conta que o trajeto mudou, mas não o destino.

Confesso que por muitas vezes fiz exatamente isso, no entanto, quando percebi que perdia tempo para resolver os mesmos assuntos e colher os mesmos resultados que me impediam de mudar de calçada, resolvi: 
Querer olhar por novas paisagens, provavelmente até outros problemas, porém, novas atitudes, e por si só,sei que o destino irá mudar.


Vanesa Castro



Fernanda diz: 


Porque tem coisas que não adianta tentar consertar, não vale a pena. 
É melhor deixar de lado, deixar pra lá. 
Na maioria das vezes o conserto fica pior, já tentou tirar mancha de uma roupa??Eu não sei se é só comigo que acontece, mas sempre acabo espalhando mais a mancha e inutilizando de vez a roupa, ai não resta outra solução a não ser jogar no lixo.  Tá me entendendo? Às vezes é pior tentar consertar algo.


Vamos mudar a rota, pegar um caminho mais florido! Ando com uma urgência do NOVO. De vida.


p.s.:Vanessa, o final será o começo....o começo de uma nova história por um novo trajeto.






Não pergunte quem sou eu, o que faço, por onde andei....Não importa. 
Importa o que eu sou quando estou com você.

O que eu sou não lhe diz respeito!



O que eu sou não lhe diz respeito, em parte nenhuma lhe toca. Nasci para poucos e morro por quase ninguém. Contradigo-me em passos de dança invisíveis, enlaçando pernas e prendendo bocas, querendo muito e gostando tão pouco. Não é insatisfação ou sofrimento, é só um tudo ao mesmo tempo agora que não respeita amor de menos, não aceita um gostar pouquinho e querer às vezes. Uma intensidade que não se conforma com noites únicas de começo, meio e fim. Se estou aqui é pela música, pela companhia, pra me perder. Jamais pra desperdiçar uma noite com quem não sabe conversar.
Não me pergunte o que eu faço da vida, isso é banal, é triste, é comum. Queira saber o que me faz feliz, meu ponto fraco pras cócegas. Não pergunte o que me dá dinheiro, porque este é o menor dos meus sucessos. Esqueça meu nome verdadeiro, se eu venho sempre aqui, se estou gostando da música. Agir sem naturalidade é o seu maior fracasso.Se é mesmo importante que eu responda as perguntas que tanto desprezo, se definir o que sou vai te fazer mais feliz, se quer mesmo saber de mim, comece pelas entrelinhas. Pelo não dito. Pelo movimento dos cílios e as pupilas dilatadas, os olhos nervosos que não se fixam, o modo de apoiar o peso do corpo em uma das pernas e me preocupar com o cabelo. Olhe para as mãos que não sabem repousar e a voz que desafina. Por favor, sou tão ridiculamente fácil de decifrar e ainda insistem em seguir pelo caminho errado. Exponho-me tanto e ainda querem uma cartilha.E fazem isso porque amam de relance, querem no momento e só por desafio. Porque têm preguiça ou medo de cumplicidade e acreditam perder a noite se optarem por se apaixonar pelo próprio ego. Porque perdem oportunidades de se calarem quando é papel dos olhos falar.É por isso que eu estou sozinha nesse mundo de luzes e pessoas. É por isso que eu saio de casa e minha roupa não precisa agradar ninguém além de mim. Porque não deixo o calor da minha rotina pra ser prenda em vitrine.O que eu sou não lhe diz respeito, em parte nenhuma lhe toca. Mas se quiser mesmo saber de mim, experimente não me perguntar. E talvez assim desperte minha vontade de contar.


Verônica H.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Eu hein!!!



Não te conheço...mas em 10 min via MSN

*você deve ser aquela pessoa que diz e pronto...não 'enrola'
*e tu (em teus pensamentos) deve ser a última a baixar o olhar quando fala com outra pessoa.



p.s.: Fiquei com medo dele!




"Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta."


Caio F.