quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"Sinto-me livre para fracassar."

O escritor e seus múltiplos vem vos dizer adeus.
Tentou na palavra o extremo-tudo
E esboçou-se santo, prostituto e corifeu. A infância
Foi velada: obscura na teia da poesia e da loucura.
A juventude apenas uma lauda de lascívia, de frêmito
Tempo-Nada na página.
Depois, transgressor metalescente de percursos
Colou-se à compaixão, abismos e à sua própria sombra.
Poupem-no o desperdício de explicar o ato de brincar.
A dádiva de antes (a obra) excedeu-se no luxo.
O Caderno Rosa é apenas resíduo de um "Potlatch".
E hoje, repetindo Bataille:
"Sinto-me livre para fracassar."


Hilda Hilst



6 comentários:

  1. Ameiii..

    Sentia saudade desse Blog.

    Bjs no core

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  2. Excelente escolha, querida amiga.
    Bom resto de semana.
    Um beijo.

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  3. Fernanda... O Poeta será sempre um transgressor!
    No dia em que deixar de transgredir, sua seiva irá esvair-se, escorrendo para onde jazem palavras apodrecidas!

    Beijos
    AL

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  4. Bonito seu blog, muito bons os textos, já te sigo, se puder visite e siga meu blog,desde já agradeço, tudo de bom pra você,beijos.

    http://ventosnaprimavera.blogspot.com
    http://palavrasnosventos.blogspot.com
    http://haikainosventos.blogspot.com

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  5. eu volteeeeiii hauhuahuahua so pra falar que adoro demais aki... e num podia deixar de fica com seu link lá
    bjos fe!

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  6. Oi, apreciei muito teu blog, belíssimo! Abraços!

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