sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Não sei amar calada, contida nos disfarces. Jogaram a minha vida no mar das emoções impossíveis."

Pertencemos sem nem precisar de tanta leveza nesse coração. Ele foi batendo feliz sozinho.
Traz uns pedaços de sonhos inteiros e espalha no caminho quando eu passar. Tenho mania de acreditar no teu impossível. De tocar tua alma invisível. Colorir teus olhos. Gosto de descompassar os ritmos, de ser tempo-infinito. Prefiro tuas gavetas desarrumadas. Papéis jogados. Lençóis desdobrados. Cabelos emaranhados. Gosto bem mais de mim se estou em você.
Não sei amar calada, contida nos disfarces. Jogaram a minha vida no mar das emoções impossíveis. Só amo devagarzinho. Tempo por tempo. Verso por verso. Grito por grito. Até virar acontecimento. No meu amor, as delicadezas não cabem num só silêncio.
Aproveita que não sou mais minha e tatua uns versos na boca. Cola a tua na minha. Eterniza em mim a melhor parte dessa vida. Vai sendo mais eu que você. Abre a porta, afasta os móveis. Me deixe invadir.

E quando for esquecer: esqueça - se bem dentro de mim. 
Se não for assim, ainda quero.
 

Priscila Rôde

4 comentários:

  1. O amor é desequilíbrio, não tem como amar calada... Sou muito esse texto. Me identifiquei com 'Abre a porta, afasta os móveis. Me deixe invadir'. Lindo :)

    Beijos flor.

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  2. Flor, te um selinho lindo para você lá no blog.
    Beijo, beijo!

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