segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu...

Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu.
Sinto falta mesmo, para maior desespero e inconformismo do meu coração metido a profundo, (...) de respirar sua nuca, engolir sua simplicidade, me rasgar com sua banalidade, calar sua estupidez, respirar seu ronco, tocar sua inexistência, espirrar com sua fumaça.
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.



Tati Bernardi


p.s.: Acordem com esse barulho!!Meu coração anda levando cada susto!!Não sei quando a Dona VIda vai me dá um descanso!

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